segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Orçado em mais de R$ 1 bilhão, Mané Garrincha chega a 87% das obras

Estádio teve custo atualizado na Matriz de Responsabilidades e é o mais caro da Copa

 Além da Arena Pantanal e da Arena das Dunas, o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, também iniciou 2013 com um novo percentual de execução da obra da Copa.
Agora 87% executado, o estádio concluiu recentemente o Big Lift, processo de içamento dos cabos da cobertura.
Na etapa seguinte, ocorrerá a instalação das treliças e da lona tensionada, responsáveis por cobrir os 71 mil assentos do estádio de Brasília.

Mané Garrincha chegou a 87% das obras, mas também ultrapassou R$ 1 bi (crédito: Ministério do Esporte)
Além disso, o estádio teve uma atualização de custo divulgada na última revisão da Matriz de Responsabilidades, que a coloca como a arena mais cara da Copa do Mundo. O documento mostra um acréscimo de 25% em relação ao valor anterior, passando de pouco mais de R$ 800 milhões para R$ 1,015 bilhão.
Em entrevista ao "Globo Esporte.com", o secretário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro, explicou que o aumento de custo acontece porque a Matriz não contabiliza os descontos previstos no programa Recopa, que desonera a contratação de serviços e compra de equipamentos de impostos como IPI, PIS/Pasep, importação e Cofins.
"Com o Recopa aplicado só de março para cá, os estádios que começaram mais cedo suas obras estão tomando prejuízo. Achamos que o Recopa tem que servir para o conjunto inteiro da obra. E com a aplicação do Recopa em todo o conjunto da obra, vamos alcançar nossa previsão, que é de R$ 850 milhões e alguma coisa", disse.
Monteiro lembrou que o projeto de lei que garante a retroatividade nos benefícios do Recopa foi aprovado pela Câmara dos Deputados em novembro e segue para votação no Senado Federal. Caso aconteça a aprovação, o governo do Distrito Federal poderá solicitar a reavaliação das isenções fiscais para a construção do estádio.
Diferente de outros estádios do Mundial, que trabalharam com um custo fechado, o Mané Garrincha realizou licitações de ítens complementares de forma separada, o que motivou o aumento no custo do estádio.
Outra coisa que difere a arena brasiliense das demais é que ela não será financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e sim por recursos oriundos da venda de terrenos públicos (da Terracap) no Plano Piloto.
"Estamos fazendo isso agora para que, daqui a alguns anos, não tenha que ficar demolindo tudo para fazer novamente. Eu lembro de estádios que foram reformados e três anos depois tiveram que quebrar tudo para fazer outra reforma", afirmou Cláudio Monteiro ao "Globo Esporte.com", justificando os custos com as licitações.
Palco da partida de estreia da Copa das Confederações, com Brasil e Japão em campo, no dia 15 de junho, o Mané Garrincha deve ficar pronto em abril. A data-limite imposta pela Fifa é 15 de abril.


Fonte: http://www.portal2014.org.br

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