Estádio teve custo atualizado na Matriz de Responsabilidades e é o mais caro da Copa
Além da Arena Pantanal e da Arena das Dunas, o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, também iniciou 2013 com um novo percentual de execução da obra da Copa.
Agora 87% executado, o estádio concluiu recentemente o Big Lift, processo de içamento dos cabos da cobertura.
Na etapa seguinte, ocorrerá a instalação das treliças e da lona
tensionada, responsáveis por cobrir os 71 mil assentos do estádio de
Brasília.
Mané Garrincha chegou a 87% das obras, mas também ultrapassou R$ 1 bi (crédito: Ministério do Esporte)
Além disso, o
estádio teve uma atualização de custo divulgada na última revisão da
Matriz de Responsabilidades, que a coloca como a arena mais cara da Copa
do Mundo. O documento mostra um acréscimo de 25% em relação ao valor
anterior, passando de pouco mais de R$ 800 milhões para R$ 1,015
bilhão.
Em entrevista ao "Globo Esporte.com", o secretário da Copa no
Distrito Federal, Cláudio Monteiro, explicou que o aumento de custo
acontece porque a Matriz não contabiliza os descontos previstos no
programa Recopa, que desonera a contratação de serviços e compra de
equipamentos de impostos como IPI, PIS/Pasep, importação e Cofins.
"Com o Recopa aplicado só de março para cá, os estádios que começaram
mais cedo suas obras estão tomando prejuízo. Achamos que o Recopa tem
que servir para o conjunto inteiro da obra. E com a aplicação do Recopa
em todo o conjunto da obra, vamos alcançar nossa previsão, que é de R$
850 milhões e alguma coisa", disse.
Monteiro lembrou que o projeto de lei que garante a retroatividade
nos benefícios do Recopa foi aprovado pela Câmara dos Deputados em
novembro e segue para votação no Senado Federal. Caso aconteça a
aprovação, o governo do Distrito Federal poderá solicitar a reavaliação
das isenções fiscais para a construção do estádio.
Diferente de outros estádios do Mundial, que trabalharam com um custo
fechado, o Mané Garrincha realizou licitações de ítens complementares
de forma separada, o que motivou o aumento no custo do estádio.
Outra coisa que difere a arena brasiliense das demais é que ela não
será financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), e sim por recursos oriundos da venda de terrenos
públicos (da Terracap) no Plano Piloto.
"Estamos fazendo isso agora para que, daqui a alguns anos, não tenha
que ficar demolindo tudo para fazer novamente. Eu lembro de estádios que
foram reformados e três anos depois tiveram que quebrar tudo para fazer
outra reforma", afirmou Cláudio Monteiro ao "Globo Esporte.com",
justificando os custos com as licitações.
Palco da partida de estreia da Copa das Confederações, com Brasil e
Japão em campo, no dia 15 de junho, o Mané Garrincha deve ficar pronto
em abril. A data-limite imposta pela Fifa é 15 de abril.
Fonte: http://www.portal2014.org.br
Mané Garrincha chegou a 87% das obras, mas também ultrapassou R$ 1 bi (crédito: Ministério do Esporte)