terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Estádio em Brasília tem 42% da estrutura pronta

Obras serão concluídas até dezembro de 2012, diz secretário da Copa

Escolhida para ser sede da abertura da Copa das Confederações de 2013 e palco de sete jogos da Copa do Mundo de 2014, a capital federal tem 42% da estrutura do Estádio Nacional de Brasília concluída, e o secretário executivo do Comitê Organizador Brasília 2014, Cláudio Monteiro, promete que  ele ficará pronto no prazo previsto.
Com capacidade para 70 mil pessoas, o estádio está previsto para ser inaugurado em 31 de dezembro do ano que vem e as obras estão dentro do cronograma, segundo o secretário. Nem mesmo a greve de nove dias do último mês deve atrapalhar a programação do governo, na avaliação de Monteiro.

A greve começou no dia 26 de outubro e durou até 4 de novembro. Ao todo, 2.300 trabalhadores cruzaram os braços pedindo melhores condições de trabalho, aumento no salário, além de plano de saúde e odontológico. Os operários recebem entre R$ 650 e R$ 1 mil de salário, em comum acordo com o consórcio Brasília 2014, entidade responsável pela construção do Estádio Nacional.

- A greve já era esperada, é a primeira e não será a última em relação a todas as cidades até 2014. Já tinha ocorrido greve na África, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Nós sabíamos que isso poderia ocorrer no Distrito Federal em algum momento e aceleramos o cronograma para adiantar nosso lado.

Arquibancadas

Ao olhar o estádio da parte externa já é possível ver a estrutura das arquibancadas inferiores praticamente concluída. Segundo Monteiro, mais de 80% dessa arquibancada já está pronta e o próximo passo é construir os camarotes, que dividem a arquibancada inferior e a superior.

- A estrutura do estádio, parte de concreto toda, deve ficar pronta em junho. A parte mais complicada, a arquibancada inferior e os camarotes, já está praticamente pronta. A terceira arquibancada, de cima, é pré-moldada e pode ser resolvida rapidamente.

Com a estrutura pronta, o GDF (Governo do Distrito Federal) ainda terá de resolver outras três pendências, que foram deixadas para um segundo momento para economizar, segundo o secretário. Ainda é preciso fazer três licitações ou parcerias para a cobertura do estádio, o gramado e as cadeiras.


O consórcio de construção do estádio, que vai custar R$ 671 milhões, não inclui os três itens, que devem ser licitados em 2012. A cobertura, por exemplo, poderá custar até R$ 175 milhões, segundo o edital que será lançado.

- Já fizemos audiência pública da cobertura, vamos lançar o edital e fazer licitação pública. O consórcio fica só com a parte estádio, as outras (questões) são outras licitações.

Obra sustentável

A ideia do governo é construir um estádio sustentável, ou seja, fazer uma obra com racionalização, reciclagem, reuso e coleta seletiva de resíduos.

Isso significa dizer que o novo estádio será ecologicamente correto, autosustentável. Na cobertura, por exemplo, vão ser instaladas placas para captação de energia solar para iluminar o campo. Em dias de chuva, a água vai ser reaproveitada. E até mesmo as cadeiras dos 70 mil lugares devem ser feitas com plástico reciclável.

No projeto das obras já estão previstas as diretrizes de sustentabilidade que podem render para o DF o selo internacional Leed Platinum, conferido pela instituição US Green Building Council.

Para obtê-lo, a obra tem de atingir no mínimo 80 pontos de um total de cem. São avaliados o consumo de energia, o reaproveitamento de água, o uso de materiais certificados ou reciclados na construção e no mobiliário, a localização do empreendimento e a baixa produção de resíduos, entre outros itens.

Outros oito estádios brasileiros almejam a certificação básica do Leed e para isso precisarão cumprir no mínimo 50 pontos. O selo é condição para receber financiamento do BNDES, que possui uma linha de créditos especial para ecoarenas. Seguir com rigor os padrões tem seu preço: a construção fica até 5% mais cara.

Leia mais : http://esportes.r7.com/futebol/noticias/estadio-em-brasilia-tem-42-da-estrutura-pronta-20111220.html

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